10 de julho de 2009

A dor



Como dói,
a dor que nasce calada
a dor do ego ferido, sentido e apagada.
É aquela!
Que queima dentro do peito, sem jeito para ser amenizada.
A dor,
pior que a dor de dente
na mente,
de um ser apaixonado.
É a mesma dor,
que provoca outra dor
ferida de amor pra curar
coração dilacerado
e só o tempo com tempo poderá apagar
A dor,
do amor, de um dedo quebrado,
provoca outra dor
pra esquecer é mais forte
que a dor do passado.
A dor,
do parto também é amor,
pois veio da semente e da flor,
Que dois seres plantaram,
ao se amar.
Também é dor separar-se,
de quem a gente ama
a dor da distância que emana,
e também de querer voltar.
O coração é o maior causador da dor,
pois nele é que reina
germina, nasce e cresce a semente do amor.
A dor que um coração conseguiu,
amando um amor, que não
floresceu nem existiu,
a dor de se enganar.
De novo consegue outra
dor maior que a dor
pois a dor desse amor,
só outra pode curar.
A dor
é boa enriquece o espírito
ela dói, mais é um misto de alegria, de amor e de prazer
quem ama não se importa,
quanto mais dói, mais se quer querer.
A dor
daquele menino que chora,
do pai que sumiu, foi embora
da mãe que não volta jamais.
A dor
de deixar a terra natal,
dos amigos, é natural com eles se vive mais.
A dor
de uma madrugada sozinho,
de querer ter um carinho,
de querer acariciar.
A dor,
da idade que avança, a dor que nunca se cansa,
de doer, de castigar.
Parece,
que a dor é nossa amiga,
faz parte da nossa vida,
a gente não tem querer.
A dor
de não ser reconhecido por tudo que você fez e no final foi traído,
ensinou, passou a vez.
Por querer compartilhar.
A dor,
do emprego perdido,
do amigo que não foi digno do seu carinho,
e com tanta falsidade ocupou o seu lugar.
Assim,
percebemos que é normal,
só sendo artificial,
pra não sentir dor, nem sofrer.
Mariano P. Sousa

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